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sábado, 18 de maio de 2013

Destombamento do 3º BI é discutido na OAB.

    Foi realizada neste sábado (18/05) na 8ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma audiência pública, para discutir o projeto de destombamento do antigo 3º Batalhão de Infantaria do Exército (3º BI), localizado no bairro Venda da Cruz, em São Gonçalo, e a consequente construção de casas para os desabrigados das chuvas de 2010. O encontro teve a presença do subsecretário de urbanismo do Estado, Vicente Loureiro, do presidente da 8ª Subseção da OAB Dr. José Luiz, dos vereadores: Jorge Mariola (que presidiu a seção), Marlos Costa, William Sapucaia, Sérgio Gevú, Diego São Paio, José Carlos Vicente, Iza Deolinda, Lecinho e Professor Paulo, além do secretário municipal de Governo, Sandro Almeida, da vice-prefeita, Mariângela Valviesse, dos deputados estaduais Altineu Côrtes e Graça Mattos e diversos representantes da sociedade civil organizada, como: o presidente da União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo (UNIJOR), Frederico Carvalho, do ativista da UNIBAIRROS, Valdo Barros, e cerca de 150 moradores de bairros como: Jardim Catarina, Salgueiro, Nova Grécia, Novo México, Palmeira, entre outros, que sofreram com as chuvas de 2010.

    Vicente Loureiro fez uma apresentação de slides sobre o projeto em que o Governo do Estado pretende erguer 1.200 casas populares no terreno do 3º BI, segundo o subsecretário, o Estado garante a preservação de boa parte do antigo batalhão, que desde 2011 é considerado patrimônio histórico do município. Além das casas, serão construídos no local, a sede da Região Integrada de Segurança Pública (RISP), creche, posto de saúde, quadra poliesportiva e centro cultural, as unidades habitacionais seguirão o padrão do programa "Minha Casa Minha Vida".

    O deputado Altineu Côrtes defendeu o projeto, dizendo que era preciso avaliar a situação de São Gonçalo, que segundo ele já não dispõe de tanto espaço para este tipo de empreendimento, citou seu avô que foi soldado no 3º BI e chegou a ser General do Exército, criticou a construção de dois presídios no Jardim Catarina, do lixão no Anaia e da linha 4 do metrô na Barra antes da linha 3 em São Gonçalo, Niterói e Itaboraí, Altineu disse ainda ser um absurdo São Gonçalo ter apenas 1 policial para cada 1500 habitantes, enquanto há bairros na Zona Sul do Rio, onde a proporção é de 1 policial para cada 200 moradores.

    O destombamento do 3º BI foi defendido ainda pelos vereadores Lecinho (autor do projeto), Sérgio Gevú, deputada Graça Mattos, pelo secretário Sandro Almeida, pela vice-prefeita Mariângela Valviesse, por representantes das vítimas da tragédia de 2010, mas foi duramente criticado pelos vereadores Diego São Paio, Jorge Mariola, Marlos Costa, Alexandre Gomes, pelo líder comunitário, Valdo Barros, o presidente da UNIJOR, Frederico Carvalho, pelo professor Josemar Carvalho (presidente do PSOL de São Gonçalo), entre outros, todos demonstraram sensibilidade a questão dos desabrigados, mas disseram que há outras áreas na cidade onde as casas podem ser edificadas sem prejudicar o patrimônio. Em alguns momentos da seção, pessoas protestavam na platéia e precisaram ser advertidas, as vítimas lembraram a tragédia com diversas faixas, banner's com as cenas de parentes mortos e casas destruídas, além de diversas cruzes colocadas frente a mesa diretora simbolizando os óbitos, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem aos que perderam a vida naquele triste episódio.




A seção foi tumultuada e marcada por protestos.
Fotos: Betinho Carvalho.

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